29 de janeiro de 2019

Deus Ex

Ganhou um BAFTA...
Desenvolvido por: Ion Storm
Publicado por: Eidos Interactive
Director: Warren Spector
Produtor(es): Warren Spector, Bill Money
Designer(s): Andy Dombroski, Kent Hudson
Artista(s): Mike Dean, Jay Lee, Hugh Sugh, Mike Washburn
Argumentista(s): Sheldon Pacotti, Sarah Paetsch
Compositor(es): Alex Brandon, Todd Simmons, William Wallace
Plataforma(s): PlayStation 2
Lançamento: 26-03-2002 (EUA), 0-06-2002 (EU)
Género(s): Action Role Playing Game, First Person Shooter, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (600KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Outros nomes: Deus Ex - The Conspiracy (EUA)
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o uma vez, com muita hora de jogo.

(Fun fact: a carapaça de um tatu é à prova de bala!)

Autocolantes foleiros...
Algo que me ocorre de vez em quando no que concerne a videojogos é começar uma saga fora de ordem, pelos mais diversos motivos. Um deles, e provavelmente o mais recorrente, talvez tenha a ver com a tecnologia em questão. Muitos destes jogos começaram há uns bons anos atrás, onde as coisas não eram como hoje em dia e por esse motivo talvez me tenha abstraído de lhes pegar. Aconteceu-me com a saga Deus Ex, que começou em PC mas naquela época não tinha computador que corresse o jogo. Daí que só quando saiu Deus Ex - Human Revolution (já analisado anteriormente) é que me debrucei sobre o assunto e descobrir um mundo bem melhor do que esperava. Tinha que voltar atrás e jogar o original, fosse que versão fosse, e lá apanhei este de PS2 por 5 euros, numa loja de usados aqui na zona, algures entre Maio e Junho de 2018.


Manual, papelito e disco.
Deus Ex coloca-nos desde logo num universo distópico com uma temática cyberpunk muito acentuada, onde no ano de 2052 assumimos o papel de JC Denton, um agente ao serviço da United Nations Anti-Terrorist Coalition (UNATCO) cheio de modificações fruto da nanotecnologia, cuja missão é desvendar uma profunda conspiração levada a cabo por entidades obscuras onde o principal objectivo é conquistar o mundo. Pelo caminho, vamos encontrar velhos amigos, aliados e muitos inimigos que vão tentar a todo o custo impedir o sucesso da nossa demanda.

Tudo começa aqui.
Os visuais de Deus Ex na PS2 podem não atingir a qualidade da versão PC mas o certo é que fazem o seu trabalho de forma competente. Embora não seja o mais brilhante exemplo visual na consola, o grafismo é bastante variado, com bastantes locais a visitar e explorar, de onde se destacam New York, Hong Kong e Paris, cada qual com diferentes ambientes por descobrir. Os modelos das personagens optam por ser em alta resolução ainda que as texturas sofram um pouco com isso, bem como a própria geometria dos níveis ser bastante reduzida face à versão original do jogo. Mas isso era um mal necessário para se conseguir condensar tanta informação. A framerate mantém nos 30 frames ainda que por vezes desça um pouco quando há muita coisa em simultâneo no ecrã mas nada que atrapalhe severamente a acção.

Grita porco! Griiita!
Na parte audível, Deus Ex conta com uma banda sonora que consegue proporcionar um excelente ambiente de mistério, onde as faixas se podem ouvir ao longo de todo o jogo, umas mais intensas, outras bastante mais subtis mas que conferem a atmosfera adequada a cada situação. Os efeitos sonoros desempenham a sua função como pretendido sem nada que possa apontar em termos negativos. O voice-acting é bastante bom, com imenso diálogo entre as personagens, seja frente a frente ou via comunicações, onde há sempre muito para ouvir sem destoar em nenhuma parte específica.

À conversa com o nosso boss.
Deus Ex é daqueles jogos que nos oferece uma mescla de géneros e como tal, permite-nos também joga-lo de várias formas. A sua base é de FPS, até porque a perspectiva é sempre essa mas no fundo, é acima de tudo um RPG pois existem diversos elementos a ter em conta e resolver tudo ao tiro é a pior das soluções neste jogo. Aí entra a componente de stealth, que na maioria das vezes é a melhor solução para os problemas e situações que o jogo nos coloca. A dificuldade que podemos seleccionar também dita muito o estilo que devemos adoptar pelo que em Hard e Realistic temos verdadeiros desafios pela frente. A jogabilidade em si é boa e de fácil aprendizagem ainda que por vezes possa parecer um bocado atabalhoada no que concerne à parte de andarmos aos tiros e quantidade de gadgets e afins que temos. Mas tudo se resolve com o tempo.

Este senhor é o nosso irmão.
A acção passa muito por interagirmos com os NPCs que nos dão pistas ou incubem-nos com tarefas adicionais para além da nossa missão principal, ao bom estilo de um RPG ocidental, onde podemos abordar as coisas de diversas formas. Pessoalmente optei sempre por um misto de stealth e acção quando necessário, tentando evitar mortes desnecessárias mas o jogo não nos penaliza por matar, portanto é uma questão moral. Os objectivos de cada missão traduzem-se entre os principais e os secundários, sendo que alguns destes últimos nos recompensam pelo esforço. JC Denton pode utilizar um variado arsenal de armas e gadgets, bem como upgrades para as suas habilidades, alguns deles particularmente úteis em certas zonas. Por falar em zonas, o jogo sofreu alguma redução nas áreas, que agora foram divididas em zonas mais pequenas e com loadings pelo meio para acomodar as coisas sendo que algumas foram modificadas com o mesmo intuito. Porém, estamos perante um jogo bastante grande e com muito para explorar, algo que também se faz bem devido ao sistema de save nos permitir gravar em qualquer local, algo pouco comum em consolas.

Por vezes só mesmo à lei da bala!
Deus Ex na PS2 é sem dúvida um excelente jogo e acima de tudo um excelente port, que provavelmente passou ao lado de muito boa gente, ou porque jogaram a versão PC ou simplesmente nem deram conta da sua existência. Eu colmatei esta falha e deparei-me com algo que não esperava o que por si só torna este título num JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um RPG japonês baseado num anime, na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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