7 de janeiro de 2019

Heavenly Sword

Uma menina na capa para variar.
Desenvolvido por: Ninja Theory
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Director(es): Ben Hibon, Nina Kristensen, Tameem Antoniades, Andy Serkis
Produtor: Mat Hart
Designer: Tameem Antoniades
Artista: Hugues Giboire
Argumentista(s): Tameem Antoniades, Rhianna Pratchett, Andrew S. Walsh
Compositor: Nitin Sawhney
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 12-09-2007 (EUA), 14-09-2007 (EU)
Género: Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de movimento do Sixaxis, HD 720p
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

(Nunca mais é dia 25...)

Sem autocolantes feiosos.
A PlayStation 3 é uma das consolas onde investi mais desde o momento em que a comprei. Ou pelo menos foi até dada altura, onde os jogos que realmente me interessavam já constavam na colecção. Mas tal como qualquer consola das mais antigas, lá vou descobrindo um ou outro jogo que me passou ao lado ou mesmo até, conseguindo os poucos que ainda estão perdidos na minha wishlist (que por norma ou se tornaram raros ou são versões japonesas). Alguns dos jogos que decidi incluir são mesmo do início de vida da consola, pelo que são bastante comuns e até mesmo baratos. Um deles é o que vos apresento aqui hoje, que foi adquirido por €4.95, a 27 de Agosto de 2017, na Play N' Play. Dá sempre jeito guardar a papelada para me auxiliar nas datas.


Manual e disco.
Heavenly Sword é um título que começou com uma vida atribulada. Inicialmente começou por ser desenvolvido em 2002, tendo sido mostrado a correr em PC por volta dessa época, sendo que mais tarde, até foi visto a correr num protótipo inicial da Xbox360. Após isto, a PS3 foi eleita como a plataforma onde realmente o jogo iria fazer a sua estreia. E assim foi. A trama gira em torno da Heavenly Sword, uma espada utilizada por uma divindade sagrada contra um demónio de nome Raven Lord. Após a batalha, a espada foi deixada no mundo dos comuns mortais, alimentado assim as suas guerras pela posse da mesma. Com isto, a espada tomou o gosto pela vida dos seus utilizadores, acabando eventualmente por matar quem a utiliza. Finalmente uma tribo guerreira conseguiu apoderar-se da espada acabando com as guerras e segundo consta a lenda, o utilizador original irá renascer para mais uma vez unir o mundo inteiro e acabar com os conflitos. Tendo em conta os argumentistas envolvidos, esperava algo bem melhor.

Um belo inlay é sempre bem vindo.
Para um jogo da sua época, Heavenly Sword é sem dúvida uma excelente mostra daquilo que a PS3 era capaz de fazer em termos visuais, onde o grafismo é sem dúvida impressionante com vastos cenários povoados por vezes por imensas personagens em simultâneo, cheios de cor e efeitos visuais, e com uma estética assim a tirar para o oriental. A animação das personagens é muito boa, com recurso a mocap para tornar a experiência mais real e natural, algo que se vê sobretudo nas animações faciais que são bastantes convincentes a meu ver. No fundo, não se pouparam recursos no que concerne a fazer deste jogo um dos mais flashy daquela época.

Este gajo é deliciosamente bera!
O voice-acting é também algo que desde logo sobressai, em parte devido à excelente performance de Andy Serkis, o eterno Gollum que aqui é o vilão principal e em muitas ocasiões consegue ofuscar a nossa protagonista. A personagem em si é tão perversa e sacana que é impossível não se gostar dela. E há imenso diálogo para ser escutado, pois quase todas as personagens adoram falar pelos cotovelos, em especial os vilões mas isso já é uma característica intrínseca a qualquer vilão que se preze. O som no geral é também muito bom, algo que se pode apreciar em especial durante as grandes batalhas a que vamos assistir (e fazer parte) onde gritaria e o som do metal se vai fazer sentir e bem. A banda sonora lembrou-me em parte a saga God of War, não sei bem porquê, mas toda a sua composição transmite aquela sensação de aventura épica e na minha opinião é bem agradável de se ouvir, proporcionando um excelente ambiente.

Está na altura de perder uns quilos.
Onde Heavenly Sword falha, a meu ver, é na parte jogável. Controlar Nariko é bastante fácil, com uma panóplia generosa de combos, utilizando para tal a nossa espada que tem três formas diferentes (Range, Speed e Power) dependendo do estilo de luta que utilizemos. E este sistema é usado ao longo do jogo, sobretudo nos bosses, onde apenas uma das formas proporciona o dano adequado. Existem também QTE's, como seria de esperar e o Sixaxis é utilizado para certas interacções, algo que pessoalmente não aprecio nem um pouco. Em certos pontos podemos controlar também Kai, a sidekick de Nariko, que utiliza uma besta e por norma serve para secções de sniping, que não são muito boas. Kai também não pode atacar corpo a corpo pelo que em níveis em que a usamos mais vale atacar à distância ou evitar simplesmente confrontos.
Tiro ao alvo.
O problema que encontrei neste jogo é que o combate é demasiado solto, não tem a consistência de um God of War, Ninja Gaiden ou Devil May Cry. Quando atingimos os inimigos não existe aquela sensação de peso, de estar realmente a atingir algo sólido e rijo mas sim uma sensação de estarmos a dançar ou algo parecido. Outra coisa que detestei é o facto de não existir um botão de defesa. Defender neste jogo significa não tocar em botão algum e estar virado para o inimigo. Embora não seja terrível, não é nada intuitivo pois o nosso cérebro vai estar constantemente a dizer para carregarmos num botão. E ainda que isto não seja tão notório contra as hordas de inimigos normais, nos bosses a coisa começa a doer, especialmente quando morremos e temos de começar o combate do início sem checkpoints entre fases (por norma os combates têm três). E o jogo é estupidamente curto, durando umas cinco horas, mesmo na primeira ronda, sem exploração nenhuma para ser efectuada.

Hora de limpar o lixo.
Heavenly Sword podia ter sido excelente se tivesse ficado a marinar mais um bocado e aquele sistema de combate tivesse sido aperfeiçoado, algo que posteriormente a Ninja Theory conseguiu noutros jogos como DmC - Devil May Cry e Enslaved - Journey to the West. Era suposto ser uma trilogia mas acharam por bem que assim não fosse e talvez essa tenha sido a decisão acertada. Seja como for, este é mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: vamos regressar a SR-388, na 3DS!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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