16 de janeiro de 2019

Quake III Revolution

Homens de barba rija.
Desenvolvido por: Bullfrog Productions
Publicado por: Electronic Arts
Produtor(es): Stephen Murray, David Ratcliffe, Jon Taylor, Alex Peters, David Amor
Compositor(es): Mark Knight, Nick Laviers, Elaine Williams, Adele Kellett, Bill Lusty
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 26-03-2001 (EUA), 06-04-2001 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo campanha para um jogado, diversos modos de jogo para um a quatro jogadores
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (77KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração, Compatível com Multitap
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei a campanha uma vez, tendo jogado os outros modos de jogo pelo menos uma vez.

(Está frio... e de chuva!)

No stickers!
Nos anos 90, um género que se popularizou nos PC's por todo o mundo foi sem dúvida os first person shooters. E já todos sabemos que DooM foi um dos responsáveis por isso, se não mesmo o principal responsável. Mas com esse mesmo advento, surgiram outros jogos, mais avançados, mais frenéticos, até mesmo mais divertidos se jogados em multiplayer. Um deles foi Quake, uma clara evolução de ideias já vistas em DooM mas agora tornadas melhores ou mesmo possíveis do ponto de vista técnico. Outro aspecto a considerar nesta época, é que as consolas estavam também a acompanhar a passos largos esta evolução e a dada altura começaram a surgir os primeiros FPS que apesar de não rivalizarem com os de PC (ainda), já mostravam ser possível o género prosperar nestas plataformas. Após 2000, começaram a surgir os ports ambiciosos de diversos jogos que se popularizaram nos computadores de todo o mundo, alguns deles bastante decentes. O jogo que apresento aqui hoje é um bom exemplo disso, ainda que tenha os seus altos e baixos. Este meu exemplar entrou na colecção a 16 de Dezembro de 2017, por 5.95€, oriundo do sítio habitual, a Play N' Play.


Manual e disco.
Quake III Revolution marca assim a entrada desta famosa série na PS2, distribuindo tiros por todos os lados em diferentes modos de jogo, vocacionados claramente para o multiplayer. Para quem não sabe, Quake III não tem um modo campanha tradicional como o primeiro e segundo jogo mas sim diversos modos em que podemos jogar contra bots ou amigos na busca pela supremacia. No caso desta versão de PS2, existe um modo campanha composto por missões, baseadas nos modos disponíveis, que no final culmina numa luta contra um boss, supostamente responsável por este "torneio", chamemos-lhe assim. Não é de todo algo apelativo mas funciona.

Sempre a abrir!
Visualmente, Quake III Revolution é um jogo agradável e considerando o período em que foi lançado é capaz de ser dos jogos do género mais vistosos e com um grafismo bastante bom. Ainda que em termos de geometria exista uma redução tanto em termos de design dos níveis como das personagens, o certo é que tudo tenta manter-se o mais fiel à versão original. A acção decorre a uma velocidade um bocado inconstante onde a frame rate pode chegar aos 60 frames mas por norma anda sempre um bocadinho abaixo disso. Existem ainda algumas cutscenes em CG para apimentar as coisas, algo típico nesta época.

Toscaria em splitscreen.
A parte sonora é virtualmente idêntica à versão de PC em termos de efeitos sonoros, grunhidos e afins, onde os vamos ouvir ad infinitum pois num jogo deste tipo isso é mais do que normal. Já a banda sonora inclui temas adequados à acção, com faixas cheias de adrenalina e que conseguem transmitir aquela vibe da série na perfeição, ainda que consigam ser bastante discretas ao longo da acção. Quanto ao voice-acting, bom... temos o announcer que vai fazendo o "relato do jogo" e faz o seu trabalho de forma competente, portanto não há muito a dizer.

O lança-rockets é um bom amigo.
Onde alguns críticos apontaram o dedo foi na parte jogável, embora a meu ver, seja mais picuinhice do que outra coisa. Quake III Revolution apresenta vários esquemas de controlo, adequados às mais variadas necessidades de cada um. Jogar FPS com um comando nesta época era um bocado como um tiro no escuro mas o certo é que grande maioria dos jogos conseguiam proporcionar pelo menos um esquema de controlo adequado. No caso deste jogo, que até goza de uma jogabilidade simples e rápida,, não tive problemas nenhuns em me habituar a um dos esquemas e assim conseguir distribuir chumbo ao longo de cerca de 35 arenas, algumas exclusivas desta versão PS2. Obviamente peca por não suportar teclado e rato, algo que outros jogos do género na PS2 faziam.

Chumbo nos bichos!
Para além da campanha, existem vários modos de jogo, desde Team Deathmatch a Capture the Flag, entre muitos outros que nos permitem desfrutar da acção sozinhos ou com amigos caso tenhamos um multitap e comandos extra, para escaramuças em splitscreen. Infelizmente esta versão não conta com multiplayer online, algo que face à concorrência faz com que seja ligeiramente inferior no geral. Aliás, grande maioria dos fãs prefere a versão de Dreamcast pois para além de ser mais fiel à de PC, inclui tudo isto que a de PS2 não tem.

Em suma, Quake III Revolution é um jogo divertido ainda que bastante mediano, existindo maior e melhor no género. Não deixa de ser um título interessante de se explorar, e claro, de ter na colecção. Como tal é certamente um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: continuamos na PS2, com pancadaria.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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