5 de janeiro de 2019

Time Crisis: Razing Storm

Machos na capa.
Desenvolvido por: Nex Entertainment
Publicado por: Namco Bandai Games
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 19-10-2010 (EUA), 21-10-2010 (JP), 05-11-2010 (EU)
Género: On Rail Shooter
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores, Multiplayer online para dois jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (apenas Deadstorm Pirates) (3516MB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock3, COmpatível com Sixaxis, HD 720p, Funcionalidades de red, Compatível com PlayStation Move
Outros nomes: Big 3 Gun Shooting (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei os quatro jogos várias vezes.

(É quase altura de voltar a Raccoon City...)

Línguas estranhas, aquelas.
Nos anos 90, os salões de jogos faziam as delicias de miúdos e graúdos (aqueles que deixavam os putos entrar) com dezenas de grandes máquinas, cheias de cor e barulhentas q.b. para nos chamarem à atenção e fazerem-nos gastar umas moedinhas. Eram outros tempos, melhores tempos a meu ver pois um jogo novo nesta época era um acontecimento e não apenas "mais um" como tantos outros. E se haviam diversos géneros por onde escolher, desde condução, passando pela pancadaria e sem esquecer o desporto (sim, nesta altura eram bons jogos, quem não aprecia uma boa partida de Virtua Striker, Super Sidekicks ou Neo Turf Masters?), um deles destacava-se pelo simples facto de termos de empunhar uma réplica de uma arma, fosse ela uma pistola, caçadeira ou mesmo metralhadora, para desfrutar da acção. Ainda me recordo da primeira vez que meteram a máquina do Virtua Cop no salão que ficava nas redondezas da escola e do molho de gente que se juntava em redor da mesma para ver e garantir o seu lugar na fila. E se este foi um grande sucesso da Sega, mais tarde a Namco ataca com a sua variante no género, Time Crisis, um jogo mais frenético e intenso, com uma mecânica parecida mas ao mesmo diferente. E desde então vários jogos surgiram nesta série. O jogo que vos apresento hoje não é um mas sim três (ou quatro, pois um deles divide-se em dois) compreendendo assim uma colectânea interessante. O meu exemplar foi adquirido a 29 de Agosto de 2017, na Play N' Play por €7.95, usado mas em excelente estado.


Time Crisis: Razing Storm apresenta-se como uma colectânea que inclui três jogos: Time Crisis 4 Arcade Version, Deadstorm Pirates e Time Crisis: Razing Storm, sendo que este último tem dois modos. Um dos modos é On Rail Shooter e o outro, infelizmente, é um FPS do mais genérico que existe. Mas já lá vamos. Penso que não seja de todo necessário expor a história de cada um dos jogos (é a mesma de sempre, um vilão, dominação do globo e afins, excepto o dos piratas que é uma caça ao tesouro).

Manual e disco.
Passando à parte mais técnica, visualmente os jogos são bastante agradáveis, com uma boa fluidez ao nível da acção, e onde a mesma corre a 60 frames durante a maioria do tempo, com um ou outro solavanco. Tanto o Time Crisis 4 quanto o Deadstorm Pirates têm uma palete de cores bastante abrangente, especialmente este último onde tudo parece o arco íris. Já o Razing Storm opta por cores menos vibrantes para ter um tom mais sério ou, na minha opinião, mais castanho e aborrecido. Ainda em relação a este, o modo FPS consegue ainda ser mais aborrecido e apenas corre a 30 frames com animações a puxar para o fraco. Várias cutscenes que utilizam o motor de jogo em diversas instâncias povoam os 3 jogos e quanto a estas a única coisa que posso apontar é que são demasiado frequentes.

Um inlay pouco imaginativo.
Em termos audíveis, qualquer um dos jogos é um verdadeiro frenesim pois vamos ouvir tiroteios durante 90% do tempo, deixando pouco espaço para apreciar a música, que confesso, não me lembrar de todo. Está lá mas é tão ofuscada pelo som dos tiros, explosões e gritos que ficam mesmo em segundo, senão terceiro plano. Ainda assim, tudo funciona como esperado em jogos deste género. O voice-acting é mediano q.b. sem grandes prestações mas na vertente FPS do Razing Storm parece haver um maior esforço para debitar as falas mas nem por isso é melhor.

Estes robots são fdps!
A jogabilidade no caso desta colectânea é do mais simples que existe: apontar e disparar, fazer reload quando necessário. Isto é fácil mas quando chega à altura de utilizar os controlos é que a coisa pode mudar de figura. Jogar com o Dualshock3 é aquilo que se espera de jogar um On Rail Shooter sem algo que dê para apontar: vamos andar à luta com a mira durante algum tempo até lhe apanharmos o jeito. Com o Move, bem... poderia ser mais fácil mas também requer alguma habituação e acima de tudo calibrar o controlo o melhor possível. Se pensam que é como os jogos da Wii estão muito enganados, a precisão aqui não é de perto nem de longe tão boa. E mesmo depois de calibrarem os controlos ao vosso gosto, a mira tem sempre delay, por mais pequeno que seja e isso para algumas pessoas simplesmente não dá. Por outro lado podem sempre optar por usar a GunCon3, coisa que não fiz e nem sei se melhora a experiência mas estou convencido que sim.

Voem seus porcos!
A mecânica entre os os jogos é muito parecida sendo que em Time Crisis 4 temos de nos esconder para fazer reload, em Razing Storm erguemos o escudo com o mesmo propósito e em Deadstorm Pirates simplesmente não há reload, é sempre a disparar. Qualquer um dos jogos permite multiplayer local e online, contando também com leaderboards. No caso de Razing Storm, para vermos o verdadeiro final, temos de ter uma boa prestação numa determinada parte do jogo, que não é de todo fácil mas incentiva o jogador a tentar várias vezes. Mas com tanta "conversa" falta ainda falarmos do elefante que está na sala: o modo FPS do Razing Storm. Bom, esta foi uma tentativa desesperada por parte da Namco de embarcar na febre que se fazia sentir na altura mas mais valia terem ficado quietos, ou melhor ainda, esta parte ser também um On Rail Shooter!

Vamos abanar os ossinhos.
Indo por partes, a vertente FPS é grande, composta por diversos níveis com bosses a condizer que por si só são um jogo novo. Por outro lado,  dá continuidade ao modo arcade, outro motivo pelo qual devia ser mais do mesmo pois funcionaria melhor. Por fim, a jogabilidade é má, senão terrível dependendo do controlo que utilizarem. Eu experimentei com o Dualshock3 e não se controla com a mesma precisão de outros FPS da época, tendo algum enfâse na utilização do Sixaxis, nomeadamente para saltar obstáculos. Isto é no mínimo... péssimo. Se jogarem com o Move vão andar à luta com o jogo pois a sensibilidade está tão mal implementada que nem sei como deixaram isto passar. E com tudo isto, o jogo nem sequer é interessante do ponto de vista narrativo, pelo que se fosse um On Rail Shooter nem sequer tínhamos tempo para pensar nisso pois teria muito mais acção.

Este modo era dispensável...
Embora seja uma sólida colectânea com bons jogos, Time Crisis: Razing Storm poderia ter sido excelente se tivesse os controlos mais afinadinhos logo de início e aquele modo FPS não existisse, ou simplesmente fosse, como o arcade mode. Mesmo assim não deixa de ser mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma espécie de jogo indie na PS4.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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