23 de janeiro de 2019

Quake II

Um Strogg mauzão na capa.
Desenvolvido por: HammerHaead
Publicado por: Activision
Produtor(es): Marty Stratton
Designer: Graeme Devine
Artista(s): Adrian Carmack, Kevin Cloud, Paul Steed, Kenneth Scott
Compositor: Sonic Mayhem
Plataforma: PlayStation
Lançamento: 30-09-1999 (EUA), Algures em 1999 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo multiplayer splitscreen até quatro jogadores
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com Controlo Analógico, Compatível com Função de Vibração, Compatível com PlayStation Mouse, Compatível com Multitap
Estado: Completo
Condição: Boa 
Viciómetro: Acabei-o umas três ou quatro vezes.

(Hoje é dia de não comentar nada aqui.)

Sem autocolantes feiosos!
Certos jogos tiveram momentos de ouro durante a sua vida. O sucesso que alcançaram após o lançamento foi de tal forma que a dada altura do seu percurso a palavra de ordem era fazer ports para tudo aquilo que conseguisse correr o mesmo. Isso aconteceu com DooM, provavelmente um dos maiores sucessos de sempre que até em frigoríficos corre. Mas outro jogo oriundo da mesma equipa também teve direito a diversos ports. Refiro-me mais concretamente a Quake II, que apesar do primeiro jogo também ter tido o mesmo tratamento, infelizmente não tenho nenhum dos ports do mesmo para poder escrever acerca. Mas no caso de Quake II, sempre tive curiosidade no port que saiu na velhinha PlayStation, máquina que se acreditava não ter o poder suficiente para albergar tal jogo. Rapidamente se desfez esse mito com um port surpreendente do ponto de vista técnico. Este meu exemplar foi adquirido ao amigo Mike Silva do Game Chest, por 10 euros, algures no final de Abril de 2018.


Manual e disco.
Quake II é daqueles jogos que por muito que jogue nunca me hei-de fartar. A receita é praticamente a mesma que DooM mas com uma história mais coesa em termos de argumento. Assumimos o papel de Bitterman, um marine que faz parte de uma equipa enviada numa ofensiva conhecida por Operation Alien Overlord, onde o objectivo é prevenir uma invasão alienigena por parte de uma raça extremamente agressiva e avançada tecnologicamente, conhecida por Strogg. Esta ofensiva leva-nos então até ao planeta natal dos Strogg para pôr fim a esta ameaça, onde o nosso principal objectivo é derrotar o líder dos Strogg, Makron. Curiosamente, Quake II não tem nada a ver com o primeiro jogo onde a temática era mais para o medieval, partilhando apenas o nome e logótipo.

A circular! A circular!
Do ponto de vista técnico, Quake II na PlayStation é sem dúvida um milagre, muito fruto do trabalho que a HammerHead levou a cabo ao desenvolver um motor de jogo que serviria para outros jogos na plataforma e que consegue reter a acção a 30 frames, sem quebras com uma resolução de 512x240. Ao contrário da versão N64, tentou manter-se o design dos níveis originais ao máximo, tendo sido feitas certas concessões onde era estritamente necessário ao encurtar-se certas zonas e criando-se corredores que ligam estas para minimizar os tempos de loading. Por outro lado, tentou-se a todo o custo manter as semelhanças visuais com a versão PC, não se utilizando efeitos como fogging e também recorrendo a diversos truques de iluminação provenientes de diversas fontes, mantendo assim a coisa o mais fiel ao material original. Utilizam-se também partículas para os efeitos de sangue e até de certas armas. Em vez de skyboxes, o jogo utiliza texturas com efeito goraud para simular o céu. Embora tudo isto resulte bem, achei que a animação de alguns inimigos pode parecer um pouco estranha em certas situações mas considerando o hardware, não me posso queixar.

Efeitos de luz é coisa que não falta.
A banda sonora de Quake II ficou a cargo dos Sonic Mayhem, com temas cheios de ritmo e bastante adequados a toda a acção, que neste caso foi aproveitada da versão original adicionando também algumas faixas dos mission packs de PC bem como das cutscenes da intro e ending, que foi retirada do pack Ground Zero. Assim temos uma boa selecção de faixas a serem ouvidas ao longo do jogo. Embora a música seja boa, nem sempre vamos conseguir uma faixa do início ao fim devido aos diverso loadings entre áreas, que cortam a música e a carregar uma nova área, carrega uma nova faixa também. Isto pode ser um bocado irritante para quem está a jogar e até desorientador. Os efeitos sonoros, vozes e afins fizeram também a transição do PC para a PS1 e neste aspecto tudo funciona como é devido e com bastante qualidade.

Estes tipos conseguem ser chatinhos...
Para muitos, o grande busílis da questão quando se fala de FPS em consolas é o controlo. Em Quake II o controlo não é problema pois existem vários esquemas para controlarmos o nosso marine, desde os comandos normais, passando pelo DualShock com os seus preciosos joysticks e até mesmo o rato da PlayStation. É isso mesmo, podemos jogar com o rato numa combinação estranha que não tive o prazer de experimentar. Mas com o DualShock o jogo funciona na perfeição, sem problemas nenhuns e em pouco tempo estão a jogar isto como se fosse a versão PC. Ou quase vá. A estrutura dos níveis é semelhante à do original mas com um design muito mais reduzido e em alguns casos com zonas completamente omitidas, tais como níveis secretos, resultando assim num jogo bem mais curto. Existe porém um nível novo, que neste caso é o primeiro, retirado da versão N64 que é um jogo completamente diferente neste campo.

Toscaria a quatro.
Para complementar o single player, podemos ainda desfrutar de umas partidas contra amigos no modo multiplayer splitscreen que suporta até quatro jogadores (com Multitap) em doze mapas completamente novos e exclusivos desta versão. O jogo conta ainda com um método de save que só nos permite o mesmo em checkpoints nos níveis ou quando completamos um na sua totalidade. Também se omitiram alguns inimigos mas adicionaram dois novos: o arachnid, uma espécie de aranha com duas railguns e ainda um boss novo de nome Guardian.

Quake II na PlayStation é sem dúvida um maravilha técnica que prova que quando existe dedicação e conhecimento, tudo se consegue da melhor maneira. E com isto temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um clássico da MegaDrive, na 3DS.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

Sem comentários:

Enviar um comentário